sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Baixo Guandu Receberá Etapa do Brasileiro de Asa em 2012

Baixo Guandu, um dos melhore locais de voo livre do Espírito Santo irá receber uma etapa regional do Circuito Brasileiro de Voo Livre 2012, na categoria asa delta. Na reunião da ABVL de 13 de outubro de 2011, que aconteceu juntamente com a etapa de Carmo do Rio Claro, foi decidido o calendário de 2012 e demais assuntos técnicos. Aparentemente mesmo sem representantes do ES no local da reunião, a etapa de Baixo Guandu foi confirmada para 19 a 22 de julho de 2012, como pode ser visto na ATA no blog do Superrace 2011. Para quem não sabe a foto que está no título deste blog é de Baixo Guandu, pedra que fica a esquerda da decolagem.

Não tenho certeza de quem irá organizar a etapa, mas assim que obtiver mais informações volto a postar mais notícias. Se alguém da organização estiver lendo, entre em contato, pois gostaria de ajudar no que puder.

domingo, 18 de setembro de 2011

Meu trabalho

Não é sempre que podemos voar, pois alguém tem que trabalhar nesse mundo!!! kkkkk... Sempre que eu digo que sou oceanógrafo todos me enchem de perguntas sobre o que eu faço e tal... Então aí vai um pouquinho do meu trabalho, pra galera ver um pouquinho da faina! Se quiser saber mais sobre o assunto entre na página da Spectrah.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vale a pena ver Glória Maria refaz primeiro voo duplo de asa delta da televisão brasileira

Clique aqui ou na fotografia e veja uma reportagem muito bacana do Esporte Espetacular. Ano, 1974. O francês Stephan Dunoyer de Segonzac realiza o primeiro voo livre de asa delta já registrado no país. Oito anos mais tarde, 1982, um voo duplo inédito é transmitido na televisão brasileira. Hoje, em 2011, a aventura de 82 foi repetida pela jornalista que esteve presente nos dois momentos históricos do esporte nacional. Glória Maria aceitou o convite do "Esporte Espetacular", relembrou as reportagens que fez e repetiu o voo com o mesmo piloto que a acompanhou no passado.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Meu primeiro voo com a Combat 09

No dia 26 de agosto de 2011 fiz o meu primeiro voo com a minha nova asa, uma Aeros Combat 09, tamanho 13.7, ano 2009. A asa era do Rafa de Sapiranga e está em perfeito estado. Eu voava de litespeed 2001, então imaginem só a mudança... 8 anos de evolução. Já havia voado com uma litespeed S, 2005, mas as asas são totalmente diferentes. O que me fez optar pela Combat? Ao ler em fóruns internacionais, era uma opinião unânime que ela era uma das mais suaves para se termalizar e confortáveis para voar, mas que perdiam um pouco na tirada para a RS e T2C. Como eu não necessito de velocidade na tirada, pois meu voo é de cross country e não de campeonato, preferi o conforto em voo. Uma outra coisa que me atraiu nas Combat foi a ponta quadrada, pois eu voava de AirWave Klassic... e adorava. Junte isto a um ótimo tecido da vela e a ausência das talas de ponta de fibra, proporcionando maior durabilidade da asa. Também posso acrescentar a descrição que peguei de vários voadores que voam, ou já voaram Combat. Bem... esses foram os motivos.


A minha primeira experiência em voo foi bastante interessante. Por recomendação do Rafa (RS) e do Ivo (SC), ambos voadores de Combat, decolei com umas duas puxadas de marcha e assim eu deixei por todo o início do voo. Eu já tinha ouvido falar que as asas mais modernas são mais duras de comando, pois aumentaram a envergadura para melhorar o planeio. Bem... isso foi a primeira coisa que notei... elas são mais duras que uma litespeed S por exemplo, mas em compensação, são muito mais estáveis. Você não precisa ficar dando comando toda hora, pode deixar a asa voar um pouco mais sozinha. Notei que a taxa de subida é absurdamente superior que a minha antiga asa, e o melhor, quando você sai um pouco da térmica a asa praticamente não perde altura, isso te dá chance de centrar a térmica com calma. No começo do voo eu estava um pouco picado,... lógico... eu estava em Brasília e não ia voar aliviado na cara da rampa. Mas depois que comecei a subir, comecei a deixar o bico levantar a medida que a asa pedia isso. O que aconteceu foi que a asa foi fechando o giro e bastava eu compensar um pouco para o lado oposto do giro. Isso fazia a asa não sair do miolo da térmica. Havia horas que eu realmente ficava com a asa de faca ganhando direto com uma subida constante. Após ganhar uma boa altura, puxei um pouco mais a marcha para cruzar o Gap. A asa ficou um pouco instável, mas quando eu piquei um pouco mais a asa se acalmou. A asa está configurada para sempre ter uma pressãozinha de barra, ou seja, a asa está recuperada, os sprogs não estão totalmente baixados, por tanto, mesmo com bastante marcha puxada, tem que puxar a barra pra picar. Fiquei surpreso com o rendimento da asa, cheguei do outro lado do Gap perdendo pouquíssima altura, incrível! O restante do voo fui ajustando cada vez mais o braço, teve momentos que tirei a asa quase do chão, foi maravilhoso. Chegando a hora do pouso fiquei um pouco apreensivo, pois ficou um mito que as Combat são ruins de pouso. Escolhi o maior pouso de Brasília para estacionar a asa... eheheh... um pouco antes da Lagoa da Embrapa. Fiz uma aproximação perna-base, arrisquei um pouco com a última curva numa altura muito baixa, dei mole... mas a asa completou a curva sem problemas e entrou na reta com velocidade, passei a mão para as barras laterais, deixei perder velocidade e mandei o stall. A asa simplesmente parou de forma super suave, a quilha no chão e eu de pé com um sorriso de orelha a orelha. No dia 27, pousando na esplanada, confirmei que a asa pousa super tranquilo como uma andorinha, derrubando qualquer mito.  Foram 3:46h de voo, com altitude máxima de 3539 m, pousando as 16:48h.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Campeonato Brasileiro de Asa Delta em Brasília - Parte 2

Pois é pessoal, após uma semana de voos inesquecíveis, termais violentas, competição acirrada, acidentes e muito mais, o Campeonato Brasileiro de Asa Delta terminou. Esse foi o meu primeiro ano em Brasília e tenho muito sobre o que pensar e muito o que agradecer por estar em casa bem tranquilo em segurança. Ir de carro é sempre uma aventura, pois as estradas sempre tem alguma surpresa, como o engarrafamento de 4 horas que peguei na volta após Belo Horizonte. Fui obrigado a pernoitar e seguir viagem na segunda feira 29/08/2011. A minha viagem foi bem sucedida em todos os aspectos, graças a Deus! Revi meus amigos e amigas de Santa Catarina, dentre eles Ivo, Cida, Cristiano, Cintia, Dingo, Cláudio, Tiago, Robson, Junico, Zé Maria, Renatinho, Robô, Maninho... e muitos outros, que agora não vou me lembrar certinho todos os nomes. Consegui realizar o sonho de voar até a Esplanada. Além de tudo consegui trocar de asa e dar 2 voos em Brasília com o brinquedo novo.



Cheguei em BSB no dia 20 a noite, realizei 5 voos nos dias 21, 23, 24, 26 e 27 de agosto. No dia 22 o vento estava muito forte e optei por não voar, e no dia 25 estava muito cansado e resolvi ficar de resgate. O voo do dia 21 está comentado na Parte 1, os outros vou comentar abaixo. Na terça-feira 23 de agosto acabei ficando para decolar muito tarde, fui um dos últimos. O vento estava fraco, pois uma térmica bloqueava o vento a frente. Mesmo sem vento decidi que iria decolar, para tentar pegar a térmica que estava a frente. Corri com tudo, mas mesmo assim a asa deu aquele mergulho. O esforço foi recompensado consegui pegar aquela primeira térmica. Infelizmente não subi muito, tive que voltar para frente da rampa e tentar outra térmica que finalmente me colocou no voo com altura suficiente para cruzar o Gap em direção à Itiquira. Chegando em cima do Dicrã (rampa antiga) tentei ganhar mas não consegui, então decidi ir um pouco mais adiante, mas a verdade é que eu só estava conseguindo ir até uns 400 m acima da altura da rampa, o que a meu ver era muito pouca altura para jogar pra trás na roubada. Insisti o quanto pude para tentar vencer àquela altura mas não rolou, pousei ali em baixo mesmo. O mais engraçado é que fui resgatado pelos caras que vieram da Guatemala (guatemaltecos!!), que estavam numa Kombi lotadassa com 9 guatemaltecos. Valeu Guatemala!!!



Na quarta-feira (24 de agosto) fui para o meu terceiro voo. O início foi rápido, logo ganhei altura para cruzar o Gap, e lá fui eu. Chegando do outro lado percebi que iria sofrer o mesmo problema do dia anterior. Não estava conseguindo passar de uma certa altura. Decidi que iria ousar um pouco mais e procurar uma termal em cima da cachoeira. A princípio pode parecer que isso é fácil, pois todos falam para você jogar por ali que tem térmica, mas a verdade é que por ali tem uma grande área sem pouso e o sujeito fica cabreiro de tentar, pois o vento é forte para ir para frente, e se você não ganha altura, vai ter que ir pra frente tentar arranjar um pouso. Bem... a minha sorte foi avistar uma queimada, foi jogar em cima e lá estava a térmica. Pronto, a altura que eu precisava estava lá. Mesmo tarde, batalhei o voo até não aguentar mais os braços. Acabei por pousar entre sobradinho e planaltina, depois da reserva.



Na quinta-feira (25/08) não aguentei, fui obrigado a descansar os braços. Aproveitei para conversar com pilotos, pensar sobre o voo e resgatar os meus amigos, dando folga para mulherada resgatas (Minha esposa Radharani, a Cida e a Cintia). No final do dia acabei fechando negócio com o Rafa de Sapiranga, que me vendeu sua asa delta Combat 09 tamanho 13.7.

Na sexta-feira (26/08) estava animado com o brinquedo novo. Estava ansioso, mas cauteloso para a estréia. Meus amigos Ivo e Cristiano me ajudaram a montar a nova asa. Tivemos que trocar o cabinho da marcha e colocar o Hang loop, pois o Rafa usava balancinho. A hora de decolar chegou e coloquei a asa na rampa da direita, pois ela estava liberada e também preferi decolar por lá, pois é mais inclinada que a da esquerda. A decolagem foi super tranquila, a asa é fácil de nivelar, bem leve. Foi ótimo, já fui logo ganhando altura e roscando numa térmica com outros voadores. Cruzei o Gap, mas como não era acostumado com o rendimento da asa, mirei no Dicrã... mas acho que eu chegaria tranquilamente na cachoeira do Itiquira sem perder muita altura. O resultado não foi bom... fui ficando cada vez mais baixo. Pensei que seria melhor pousar na parte de cima do platô, pois o pouso era enóóóórme e eu estava preocupado com isso. Dei sorte, quando joguei pra trás para pousar peguei uma termalzinha que foi crescendo, crescendo, crescendo e quando eu vi já estava altasso. O voo estava difícil, parecia que ir para BSB era contra vento. Acabei pousando quase 5 horas da tarde próximo à lagoa da Embrapa, um pouco antes. Para minha surpresa a Combat pousa super tranquilo, a asa é incrível.



No sábado (27/08) já um pouco mais acostumado com a asa nova decolei da rampa da esquerda mesmo. No momento da minha decolagem havia alguns rumores sobre a queda de um piloto. Eu não tinha percebido a gravidade do que estava acontecendo, achei que fosse um crash no pouso. Infelizmente, antes fosse isso, quando pousei é que as pessoas foram me falar que um piloto do Rio de Janeiro (Enio) havia falecido. Isso foi um balde de água fria na minha cabeça, pois passei a sentir um misto de felicidade e tristeza que eu não conseguia lidar. A minha primeira esplanada e também a primeira vez que eu estava voando quando aconteceu um acidente fatal. Só me resta contar como foi o voo e desejar que a família do Enio tenha forças para passar por isto.

Decolei dentro de uma térmica, então já fui logo derivando para trás da decolagem. Cruzei o Gap e no outro lado fui batendo em alguns piriris mas nada forte. Joguei em cima de uma fazenda na parte de cima do platô, onde um dia antes havia pego uma boa térmica. Dito e feito, lá estava ela de novo. Ganhei uma certa altura e vi um grupo de voadores se dando bem um pouco mais adiante. Fui com esse pelotão até Brasilinha, onde coloquei a maior altura do voo. Depois disso o grupo se dispersou... acabei ficando sozinho. Chegando em sobradinho havia perdido muita altura. Tentei jogar em cima de um dust, mas só consegui comer areia e palha, não achei a térmica, que parecia havia se dissipado. Resolvi jogar na direita, que se não achasse nada tinha um pouso bacana. Acabei batendo numa térmica e voltando para o voo. Fui em direção à gerra eletrônica (não faço ideia o motivo do nome, na verdade é uma caixa d'água). Lá consegui pegar uma termalzinha muito fraca e joguei em direção ao lago. Já estava ficando baixo quando tirei uma térmica da manga! Foi só dar a altura para atravessar o lago que fui em direção a Esplanda com aquele uma sensação de missão cumprida. Para fechar com chave de ouro fiz um pouso perfeito.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Campeonato Brasileiro de Asa Delta em Brasília - Parte 1

Foi uma viagem linda, muito sol e altas paisagens e para melhorar, com a presença da minha resgata pra ajudar a vencer os 1300km de Guarapari, ES a Brasília, DF. Chegamos as 23h na pousada Alfama, onde montamos a base entre Sobradinho e Planaltina, uma ótima opção para quem quer gastar um pouco menos. Saímos de Guarapari no sábado e no domingo (28/08) já rolou o primeiro voo em BSB. Diga-se de passagem que foi o meu primeiro voo em BSB, nunca tinha voado por aqui.

Falando sobre o voo... o vento estava forte e meio de sudeste, deixei para decolar depois da galera do campeonato, e isso demorou um pouco, perdendo a melhor horinha. Decolei e a asa foi catapultada para cima. Fiquei um tempo na frente da rampa me adaptando ao voo, não queria perder o voo de jeito nenhum. As térmicas estavam fortes, mas bem fechadinhas e derivando bastante, demorei um pouco para entender isso, então desperdicei cerca de 2 boas térmicas e acabei ficando meio baixo de novo, até que do lado direito da rampa eu fechei a roscada acelerei a asa e não larguei o osso. Consegui colocar uma boa altura para cruzar o Gap e fui, nomeio do caminho achei uma boa térmica e enchi o tanque para conseguir cruzar o Gap com altura. Cheguei no Dicran com uma boa altura, mas não tinha térmica e fui baixando, até achei que ia pregar, mas de repente achei um piriri e me agarrei nele... com o tempo o piriri virou um canhão.... derivei um moooooonte até os 3000m.... pronto... agora eu estava no voo. A partir daí voei sempre sozinho.... as térmicas derivavam perpendicularmente a direção de BSB e o voo era sempre de través.... minha asinha voava a uns 60km/h apenas. Voei sempre com uma boa altura até Sobradinho,... foi ficando tarde e as térmicas mais fracas.... e ao invés de manter a direção para a esplanada, errei e comecei a ir mais para direita.... acho que foi por que fiquei preocupado em ficar longe da estrada e não conseguir me comunicar bem com o resgate..... bem... resultado foi um voo de quase 68km, pousando ao lado da casa do presidente na Granja do Torto. Para primeiro voo em BSB, considero um ótimo dia!!!

O segundo dia (segunda 29/08) o vento estava muito forte e eu nem voei. Até a prova do campeonato foi cancelada. Infelizmente ocorreu um acidente com o nosso grande amigo Negão, que voltou na rampa da esquerda. Felizmente ele não teve nada grave, não quebrou nada... só a asa. É isso aí Negão, é uma felicidade te ver com saúde.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Festa da Banana e do Leite

Aconteceu esse final de semana a 39ª Festa da Banana e do Leite em Alfredo Chaves. E como era de se esperar também rolou a 12ª Copa Ícaro, com festival de alegoria, provinhas de hora cheia e mosca. As alegorias estavam fantásticas, destaque para a Emi Winehouse que fez o maior fudunço! Quem ganhou o festival de alegoria foi o Dragão, que ficou alucinante em voo! Eu fiz o meu voozinho discreto e acabei levando um troféu da categoria asa delta, na prova de mosca. O Ari, meu fiel camarada de voo e um dos poucos voadores de asa delta do Estado também ganhou um trofeuzinho por ter ficardo mais próximo da hora cheia. Abaixo o meu voo local, que durou aproximadamente 1:10h. Parabéns aos organizadores e participantes do evento, foi show de bola!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Baixo Guandu 2a Etapa do Campeonato Capixaba de Voo Livre

É sempre bom voar, se estiver bem acompanhado então... melhor ainda. Nos dias 18 e 19 de junho de 2011 rolou a 2a Etapa do CCVL em Baixo Guandú. A família aproveitou para ir assistir a festa, o resultado foi uma penca de irmãozinhos grudados na asa delta, alucinados com aquilo tudo. A pesar de só existir competição estadual de parapente aqui no ES, eu e Ari fomos dar uma crowdeada nos paracas!!! No primeiro dia o voo foi bem legal, consegui botar pra cima e até entubar... uhu!! No segundo dia, que teve a melhor condição, dei o prego mais rápido do Oeste!!! Fazer o que... o voo é assim, um dia agente prega, outro agente bota pra cima.

Vejam as fotos!